quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sou Poeta!


como pode dizer que chorei?
voce me viu chorando?

e me responde:
"nao, eu recolheço a lagrima pendente em seu olhar"

como pode achar que sinto dor?
E responde,
"eu posso ouvir seu peito gritar"

como pode dizer que estou triste?
nao ve meu sorriso?

"Eu posso ver sua tristeza brilhar"

Como me dizes que estou sozinha?
nao ve tantos a meu redor?
e responde:

" eu enxergo dentro de voce,
sei o quanto se sente so.."

Eis a minha pergunta: quem é voce?
Eis a tua resposta:
Sou um POETA!

domingo, 19 de setembro de 2010

Ilusao










Ilusao

A ilusao é secreta
é uma flecha disparada
é uma certeza incerta
para tudo e para nada

é crer no que nao é possivel
é exaltar o impossivel
é sonhar, é ter algo pra pensar
é ter um chao pra pisar

A ilusao é fugidia como arcanjos
e tambem traiçoira
nos leva a crer nos anjos
toma o coraçao por brincadeira

a ilusao é utopia
uma nuvem, um trovão
que quando passa deixa chuva de euforia
deixa cicatrizes no coraçao.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Se foi felicidade

Há um barco a vista,
com suas velas eriçadas
balançando com a força do vento
vibrando com as ondas do mar

esse barco vai zarpar
temos de correr para alcançar
essa é a nossa chance de buscar
aquilo que queremos a vida inteira

Mas o que houve?
o tempo me parou
as agruras da vida me deixaram de mau humor
eu deixei de enxergar!

onde está o barco?
o barco que iria zarpar?
porque ele foi sem mim,
porque nao pode me esperar...

o vento sopra a meu ouvido
e diz" o que tu tens vivido?
achas correto assim?
tu vives adiando o presente
e vivendo de passado

e me vai tambem o vento...
eu com tanto sentimento
me encontro agora aqui

zombando da minha verdade
que tambem está de partida
se foi a minha felicidade
no barco da minha vida!

domingo, 12 de setembro de 2010

Eu nao te pertenço, tu sim me pertences solidão!







Foi ela, sorrateira.
Nada discreta, ontem a noite.
Entrou pela janela.
Mais uma de suas brincadeiras.

E foi entrando
Tornando escuridão o que era luz
E foi tomando...
Minhas antes cores azuis

Portando seus cantos
Que me fazem chorar
Debulhando encantos
Tentando me cativar

Diz em suas canções que eu não devo amar!
Eu nasci poeta para isso poetar
Meu dever é para com a poesia
O amor não pode aceitar

E se enfurece querida,
Porque não te dei minha vida.
Mas essa face que tens 
Fui que te dei meu bem...

Porque se enfurece?
Tu foste algum tempo rainha,
Mas como todos, sem distinção.
Também me deixou sozinha
Para habitar outro coração.

E agora chega,
Tomando conta de tudo...
Agora chega com esse pensamento absurdo.

Tu que se chamas solidão
Que antes habitaste meu coração...
Tu és minha obra 
E não eu a tua

Sou que escrevo poesia
E rimo minha ilusão
Com intervalos mesclados
De amor e solidão...

Entendes que em mim não podes mandar!
Não mais nesse meu mundo cinza
Entendes tu és a poesia...
E eu sou a poetisa!

Fique com meu coração, ele não me serve de nada!








Paramos. Porque paramos?
 Não podemos mais caminhar de mãos dadas?
O que falta?
Já não sorrio como antes?

Perdão..
Isto é o que restou das noites de insonia.. chorando
isto é o que restou do tempo em que minhas mãos
sangrando em dor
escreviam versos de amor

Perdão por não ser tao bela..
perdão por pararmos
eu já não sei conduzir esse jogo.
perdão por não continuarmos...

Eu não sei viver com espinhos no coração
e lagrimas eminentes no olhar
tendo que fazer curativos no peito
e olhos o tempo todo enxugar

Desculpe-me
nesse tempo todo...eu fui apenas alguém
que tapou o buraco no seu coração?
e o buraco que você deixou no meu... 
quem vai curar?
Ninguém!