domingo, 7 de outubro de 2012

Recusas...


E mais uma vez ouvi eles me dizerem:

“Eu queria amá-la,
Mas você não me inspira amor.
Todavia és bela, és doce, todavia
Nasceste somente para a poesia.

“Até queria amá-la como mereces,
Mas não posso forçar o coração desta maneira
Fingir algo que não existe e
Viver nesta brincadeira.”

“Permaneces com teus deleites
Com esse olhar sem cor.
Permanece prisioneira em tua liberdade
Desta arte de fazer versos de amor”.

“Senhorita perdoe-me
És moldura em minha cama,
Anjo perfeito que acaricia meu corpo,
Mas de verdade, meu barco não ancora em teu porto.

E outro vem recitar:
“Como inventar sentimentos que na alma não nasceu,
E que digo ao coração?
Perdoa, continua compondo o amor que não posso te dar.”

Poetas, poetisas, artistas,
Amam tanto e não inspiram o amor
Que sina é essa que me trouxe a poesia
Que moléstia. Que insulto.

Coloca-me nesta prisão...
Com a única missão de compor
Para os outros, os meus versos de amor
E depois viver na eterna solidão.

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