segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pseudo Poeta



Eu sou de bem,
Não traio, não firo,
Não machuco,
Não minto...
Às vezes eu tomo absinto,
Mas mentir eu não minto.
Não bato, não grito,
Eu choro, não mostro,
Mas às vezes eu segredo à lua,
Minhas lágrimas prateadas.
Eu vou e volto na minha estrada,
Oscilo feito gangorra...
A indecência é segredo.
Eu tenho asco de pessoas vulgares.
Não sou um ponto final,
Já disse que a nada faço mal.
Também não sou uma vírgula,
Nem interrogação, nem exclamação.
Eu sou reticências.
E me dizem que quem de dentro de si não sai
Não conhece o amor.
Eu rebato.
Não precisei sair, o amor bateu a minha porta.
Não abri, e mesmo assim me segredou as lamúrias de seu existir.
Não precisei amar para saber o amor.
E os outros incrédulos me atiram pedras.
Moçada, eu já disse a nada faço mal.
Eu sou simplesmente pseudo poeta. 

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