sábado, 2 de fevereiro de 2013

Pela Madrugada








Ando por ai,
Madrugada adentro,
Depois que as sombras se escondem
De Medo do mundo.
Eu saio por ai,
Perambulando,
Gesticulando,
Falando sozinha.
Colhendo em cada esquina,
Em cada rua,
Um pouco de neblina
E um pouco da lua.
Salvando a dor do escritor,
O grito do louco,
E a reputação da Mulher.
Saio resgatando as pétalas da flor
Que o vento despedaçou,
E as lágrimas que eles derramaram
E se misturou com a chuva.
Faço isso todo dia,
E acabo embaixo da tua janela,
No breu da escuridão,
Catando a poesia,
Que jogas no chão - coisa indigesta.
E eu, atrevida, resolvo o dilema
Fazendo poesia da poesia do poeta.

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