quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pseudônimo





As inquietações, as tristezas e lembranças.
As angústia e dores,
Vertidas neste tenro papel
Não são minhas. Não são apenas minhas.
Pertencem também aos rostos que vagam
Entre a viga da vida e da morte
Nesse labirinto torturador
Do outro lado do vidro das janelas.
Minha mão é só um instrumento,
Meu coração só um corredor.
Que dá vazão a tanta loucura
Meu papel torna-se um rio
De lágrimas e sangue,
Que vertem ambos através de meus olhos.
E dizem que ora ou outra tudo isso será definitivamente meu.
Eu seguro meu coração,
Arrasto o último resquício de lucidez
E com os olhos marejados,
Debruço sobre o papel mais uma vez.

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