quinta-feira, 6 de junho de 2013

Amava-a

Amava-a com a certeza infinita de que
não valia a pena amar e que
por mais que amasse
e desejasse.
Nada valia a pena.

limpou os óculos, observou o sol.
e na cama o lençol branco, sem sequer um amassado.
e reclamou com Deus por ter amado
A mulher que jamais o amaria de volta.

Por que haviam essas coisas?
Por que os corações não se correspondiam e pronto?
Por que laços se desfaziam?
Por que nada era eterno?

Era assim.
Amava-a com a certeza infinita de que não valia a pena amar.
Mas a esperança era um diabo de ilusão.
Que fazia-o ficar ali, a olhá-la e esperar…
Quem sabe um dia valesse a pena.

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