Ele começa o poema com vós.
Todo erudito.
Essa colocação.
Ele quer poesia.
Dizer-lhe, fazer-lhe.
Amar-lhe.
Pura erudição.
Ao som de tenores,
Tchaikovsky.
E eu atada a Bukowski.
Ele diz: Oh sole mio.
E eu arrepio.
Não admito.
Um romance tardio.
Diz-me tolices,
Que considero sandices
Mas perturba o meu coração.
Usa a próclise.
Arrisca a mesóclise
Tão fora de uso.
Mas ele é erudição.
Ele deixa a lágrima furtiva
correr.
E me olha por baixo das
pálpebras.
Eu devia sentir apreensão
Aquele olhar cheio de recusa
E erudição.
Mas não.
Eu sou a palavra simples.
Para me saber não precisa de
dicionário.
Ele é o escapulário,
relicário.
Eu não admito.
Ser assim tão difícil
E ganhar meu coração.
É assim, ele é pura erudição.
E isso eu não admito.
(...)
Que lindo Kessy...!
ResponderExcluirOs opostos se atraem...... Belíssimo.
ResponderExcluir=)
ResponderExcluir