terça-feira, 1 de outubro de 2013

Testando a liberdade

Não é tão alto assim.
Vamos analisar com calma.
Subir os degraus lentamente.
Esticando a coluna,
movendo os quadris.
Não é tão alto,
ouvindo uma música.
Quanto mais alto
mais sinto o vento
liberto os cabelos...
Deixo os sapatos
para trás.
cada degrau
mais perto da liberdade.
E eu percebo que não existe o
"resto da vida"
E também não tem final feliz.
é latente.
é aquele espaço entre as palavras
que a professora do primário
deixava para a gente preencher.
Sinto o vento no rosto
Não consigo imaginar nada melhor
do que o vento no rosto
não consigo associar liberdade com outra
coisa.
O que é liberdade senhores,
senão este momento em que
não nos privamos do vento?!
E nos deixamos sentir
o vento no rosto.
Não é tão alto assim.
Quando subo ao topo do prédio...
e olho pro chão
eu sei que o mundo é muito pequeno
e ao mesmo tempo muito dantesco.
Gigantesco e esmagador.
e o meu par de asas atrofiado
dá sinal de vida.
são 30 andares até o chão.
Hora.
Hora de testar a liberdade.

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