domingo, 24 de novembro de 2013

A única luz diante dos olhos negros do Universo.

Ontem a noite não pude dormir.
A noite é impiedosa
traz beleza da rosa...
mas quanto mais bonita é a rosa
maior e mais dolorosos são seus espinhos.

Chorei, drama sem lágrimas não é drama
esperneei um pouquinho,
e quebrei uns copos que não usava mais.
Quebrar copos tem algo de bom...

E sempre uns cacos vão ficar por ali invisíveis
pra machucar alguém.
Por ironia, o machucado é sempre quem os quebrou...

Não dormi.
Mas olhei o céu.
O céu noturno, lindo, sem estrelas, sem nada...
parecendo um véu,
cabelos muitos negros
ou profundos olhos pretos
que nos olha la de cima.
E meus olhos também olhavam o céu.

Nesses momentos nossos olhos se encontram...
Dois pares de olhos pretos
se encarando...
Eu me rendi,
ajoelhei.
o Céu é vasto demais para mim...
Não me acalma nem me dá paz.
Tenho uma única lembrança
que me atormenta nesse drama noturno.
Você.

Escrevo teu nome num pedaço de papel.
Deixo queimar.
Meu alívio...
você vai queimar
junto comigo.

E o fogo àquela hora da madrugada foi a única luz diante dos olhos negros
desse universo.

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