domingo, 27 de abril de 2014

Cadeados de amor



Foram os cadeados.
Foram as chaves jogadas nos rios.
foi o clique, 
do cadeado se fechando,
se prendendo a um pedaço
de ferro numa ponte qualquer.
Foi o sonho e a promessa que eles fizeram a si mesmos
pra sempre,
pra sempre sussurravam entre si,
queriam-se!
Prometeram-se.
Comprometeram-se,
pertenceram-se.
Esqueceram- se de si mesmo.
eram dois seres em um, 
sem individualidade,
sem querer próprio,
cansativo.
Eram cadeados presos na ponte.
Duradouro,
mas presos.
ali inertes.
e quando a chuva caia...
e a água em contato com o cadeado,
a ferrugem
estragando.
Mas ninguém podia sair.
Estavam presos.
Por que as pessoas esquecem,
senhor
que o verdadeiro amor
é compartilhar a liberdade.
Sem cadeados, por favor!

Um comentário: