sábado, 3 de maio de 2014

Essas histórias dos meus sentidos

Com saudade te escrevo cada palavra
que é ferida com a tinta da caneta
Caminho, meio, a forma
a lembrança que ainda
vive em mim
tem teu rosto, tem tua cara,
coisa rara
que vivi...
que vivo.

Com saudade presente
te sinto
doçura do meus lábios
asas das minhas costas
auréola do meu coração
Tu fostes a minha outra metade
parte da minha
vida
Todo o meu coração.

Fizestes mistérios dos dias
orvalhando o meu olhar
passou, passou tanto tempo
até poder sussurrar teu nome.
E depois poder degustar.
O que me fazia dizer
em silêncio e sem parar
de novo teu nome
teu nome.

Com nostalgia aqui
entre mim e você, recordo,
Doçura beleza,
eu podia ter certeza
de alguma coisa
qualquer coisa
certo aspecto de de ternura
criatura minha
e eu criatura tua.

Fomos esses espaços
que se preenchem
que se completam
você minhas asas de voo
e eu sua pista de pouso.

E era terno, perfeito demais
para se dizer
para se reter
em palavras
sentir por si só era inacreditável,
Afastar, Jamais.
Sempre perto, sempre perto demais
e ainda assim era pouco.

E você era bom demais para existir
era bom demais
para ser para mim.

Então se me lembro bem...
se bem me lembro
naquela chuva,
chuvisco de nada
que grudaram meus cabelos na cara
e eu deixei o guarda chuva cair
e vi que você podia ir
sem mim.
Algo estalou, acordou liberto,
içou minhas asas
e voou.

Talvez eu não entendesse
que a chuva me mostrou
até que você retornou
me abraçou e beijou
e beijou e beijou

Relembro com saudade
mas não com vontade,
porque movo a cabeça pro lado
e você está aqui,
Largo a caneta.

Te olho nos olhos,
Talvez dentro da alma
você faz sua morada
aqui dentro de mim
E é essa atmosfera
que confirma a história
que um dia vivemos
e continuamos vivendo
eu e você.

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