quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Dos medos

Mas eu também estou cansada dos meus medos,
sempre contra mão,
sempre caindo.

Caindo, caindo e caindo
São caminhos difíceis de achar
viro meu avesso pra tentar procurar
aquilo que nem ainda ouvi falar

Mas meu avesso não conhece,
meu avesso se encolhe,
nem meu não eu
sabe como contornar..
pra que abrir as asas
se não vou poder voar?!

voar? Como se não sei das asas
Contorno meus medos
achando que não vão aparecer
medo que aliás?
sendo que meu sentimento voa
querendo se libertar,
mas não acha um jeito
devoro em agonia

Mas medo é só agonia
que vem sem avisar
devora isso é verdade
até não poder mais devorar.
Essa desgraçada agonia,
de mãos que tremem sem poder
e a gente esconde
pra que ninguém possa ver
e a gente cai, cai e cai
mas permanece firme
para ninguém perceber.

E ela vem sem avisar
Na sua imensidão
A vontade é guardar o coração na gaveta
Pra não machucar o órgão do amor
Para isentá-lo da dor
Mas quem consegue protege-lo
Não é tarefa fácil
Às vezes vem o desespero
E os sentidos logos se entristecem
Pela impotência da vez.

E por mais uma vez
impera a sensatez
a gente para de respirar
alguns segundos talvez
esconde-se do mundo
temos apenas uns minutos
pra restabelecer
Mesmo quando se continua caindo e caindo e caindo
Pra quê se erguer?


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